Os dedos das minhas mãos – congelados e dormentes do frio – não os sentia, metade do meu rosto estava afundado numa maldita intempérie, tão venenosa, que me procurava e moía, aos poucos, com beijos inocentes. E o meu coração…maldito sejas!
(Pára, pára, pára!)
Recapitulando: estava eu com as mãos frias, congeladas quero eu dizer, que me impossibilitavam quase de escrever, quando do nada me assaltaram uns pensamentos estranhos de uma “intempérie” qualquer. Depois, também do nada, veio o coração à baila. Que lamechice, porra!
(Calma, respira, tu consegues…)
Bora lá fazer deste texto algo comestível, ou legível, para quem gosta de ler.
O que eu queria mesmo era voltar ao mundo real e escrever algo: real. Por isso vou tornar isto o mais real possível, se tiveres tido a coragem de continuar a ler este texto é porque valeu mesmo a pena, o melhor ainda está para vir. Prepára-te:
Tenho os dedos das mãos frios, imaginação não me falta, e ponho-me logo a pensar noutras coisas. Estou preocupada: acho que estou a sentir borboletas cá dentro.
(Achas que alguém vai ler isso? É o melhor que consegues fazer?)
(Aos valentes que ainda aí estão: não me deixem, só mais umas linhas!)
Última tentativa:
Sinto frio. Dói-me a alma e o coração.